Cop30: Especialistas expõem contradições entre discursos e ações ambientais; entenda
Contradições da COP30 envolvem exploração de petróleo e preços altos dos combustíveis
Especialistas e jornalistas debatem e expõem as contradições, gerando, assim, polêmica entre os discursos e as ações que envolvem a COP30 – 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá pela primeira vez no Brasil, mais especificamente na Amazônia, em Belém, capital do Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro deste ano.
As críticas são direcionadas ao Governo Federal. O tema, inclusive, foi destaque em um dos episódios desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, disponível nas principais plataformas, publicado também no site do veículo.
“A COP vai acontecer em novembro, mas para a agenda ambiental ela já está a todo vapor”, ironiza Thais Bilenky, no podcast, destacando que” esta conferência tem como missão implementar os acordos fechados nas edições anteriores, especialmente o famoso parágrafo 28 da COP de Dubai”, salienta a reportagem.
Para Bilenky, “além das questões políticas, a logística da COP30 virou um pesadelo. Um diretor de grande empresa relatou que reduziu a equipe que vai à COP, “a praticamente só três ou quatro pessoas, normalmente seria uma delegação de 15 a 20, porque não tem onde ficar e custa caríssimo”. Os preços chegaram a níveis absurdos: R$ 50 mil por 15 dias em hotel três estrelas, o que representa mais de R$ 3 mil por diária. Em hotéis cinco estrelas, o valor salta para R$ 250 mil por pessoa em um apartamento, com alguns imóveis sendo alugados por R$ 1,5 milhão””.
E continou: “A situação é tão grave que delegações africanas já sinalizaram que não conseguirão participar do evento, enquanto muitas organizações da sociedade civil que tradicionalmente comparecem às COPs desistiram de ir a Belém. Maria Neto, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade, alertou que, enquanto Dubai recebeu 120 mil pessoas, espera-se, no máximo, 40 mil participantes para a COP30”. Ressalta a matéria, acirrando a polêmica em torno do assunto, uma vez que o presidente Lula tentou contornar a situação sugerindo que as pessoas procurem estadias mais simples: “em lugar de um hotel cinco estrelas, tem que ficar no de quatro”, falou, conforme lembra a reportagem do UOL.