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Levantamento aponta novo recorde no número de recuperações judiciais no setor

Estudo revela que reversão do atual cenário de recuperações judiciais no agro pode ficar para 2027

Como consequência do endividamento e da redução da rentabilidade dos trabalhos no campo, o número de recuperações judiciais solicitadas alcançou um novo recorde no setor do agronegócio do Brasil.

De acordo com levantamento da consultoria RGF&Associados, no terceiro trimestre deste ano, havia 443 processos em andamento, ou seja, 67,8& a mais que em 2024. Segundo economistas a melhora no cenário pode só acontecer em 2027. As informações constam da reportagem de o Globo Rural. “Esse é o maior número para um só trimestre em toda a série histórica da pesquisa”.

 “Esse patamar elevado se explica por quatro características estruturais do setor: alto capital intensivo, com dívidas maiores do que as de outros setores; exposição a múltiplos choques simultâneos, como preço, clima e câmbio; estrutura de financiamento frágil, pois financia necessidades de longo prazo com dívidas curtas; e falta de profissionalização entre grupos familiares”, afirma Rodrigo Gallegos, sócio da RGF na matéria.

A pesquisa revela ainda que, das oito empresas do setor agropecuário que saíram de recuperação judicial no terceiro trimestre, quatro faliram. As outras quatro voltaram a operar sem necessidade de supervisão judicial.

Na avaliação do economista Fábio Silveira, sócio da consultoria MacroSector, o setor agropecuário tende a levar cerca de dois anos até que tenha condições de sair do ciclo de aumento do número de recuperações judiciais, diz a reportagem.



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