Auditores agropecuários reforçam controle de praga que pode afetar exportações de frutas no Brasil
Reforço de controle de praga acontece em quatro estados brasileiros
Amapá, Amazonas, Pará e Roraima estão sob emergência fitossanitária devido ao aumento de registros da mosca-da-carambola. O status, declarado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta segunda-feira (13), tem validade de um ano e redobra o controle por parte dos auditores fiscais federais agropecuários em áreas de trânsito.
Praga quarentenária traz grande temor ao agronegócio brasileiro, pois o país é o terceiro maior produtor de frutas do mundo e representa um significativo player de exportação. Com nome científico Bactrocera carambolae, a praga causa danos em diversas frutas, como caju, pitanga, acerola e goiaba, e não apenas à carambola.
Desde que foi verificado o primeiro foco da doença no Brasil, em 1996, a mosca-da-carambola permanece restrita aos estados do Pará, Roraima e Amapá. Amazonas foi incluído na emergência fitossanitária de hoje, embora não tenha detectado nenhum caso, pois parte do estado está muito próximo a cidades do Pará com confirmações da praga. Recentemente, houve registros nos municípios paraenses de Oriximiná e Terra Santa.
“A presença da mosca-da-carambola impacta diretamente a economia local e pode comprometer até mesmo as exportações em nível nacional, já que os produtores ficam impedidos de transportar as mercadorias entre os estados”, destaca o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Janus Pablo Macedo, entidade que representa nacionalmente a carreira.
Na prática, a fruta é contaminada quando a mosca perfura o alimento e deposita seus ovos na superfície; essa perfuração forma um buraco onde as larvas destroem a polpa da fruta, gerando o seu apodrecimento.
Por Verônica Macêdo – BNews