Sustentabilidade é destaque na COP30 e demanda soluções em climatização de ambientes
Tecnologias que propõem uso racional de recursos e economia para empresas serão discutidas na COP30
Os combustíveis fósseis, com mais de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa, constituem um dos temas de maior relevância na COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em novembro, em Belém (PA). Embora o Brasil seja uma exceção notável, com 85% da matriz energética proveniente de fontes renováveis, em escala mundial 60% da energia ainda depende de petróleo, gás natural e carvão para ser gerada. Muito além de ser uma questão que interessa exclusivamente a países signatários da COP30, a utilização de energia de origem fóssil é presente na vida de brasileiros e de populações ao redor do mundo. Curiosamente, especialistas destacam entre exemplares de alto consumo de eletricidade no dia a dia os aparelhos de ar-condicionado e a inteligência artificial.
Imprescindível no cotidiano de pessoas, empresas e governos, a inteligência artificial depende de muita energia para operar. Servidores de IA, juntamente com computação em nuvem e processamento de criptomoedas, são responsáveis por até 3,7% das emissões mundiais de carbono. A título de comparação, lançado na atmosfera este volume é maior que o de todas as companhias aéreas juntas.
No caso do ar-condicionado, estima-se que existam 2 bilhões de aparelhos em funcionamento no mundo, com alto consumo de energia elétrica e emissão de carbono correspondente ao que seria lançado por quase 240 milhões de automóveis.
Em pouco mais de 30 anos, a concentração atmosférica de dióxido de carbono, gás que mais contribui para o aquecimento global, subiu de 360 ppm (partes por milhão) para 430 ppm. “De maneira cada vez mais acentuada, sentimos os efeitos do aquecimento no dia a dia. Este cenário exige alternativas que contemplem sustentabilidade e economia de energia”, afirma o empresário Juan Carlos Ormachea, responsável pela Ecobrisa. Com mais de 30 anos de história, a empresa desenvolve climatizadores evaporativos, solução pioneira na América Latina.
Em mais de três décadas de atuação, a empresa estabeleceu como prática a “sustentabilidade climatizada”. Segundo Ormachea, embora não seja amplamente conhecido, o termo pode ser interpretado como “um conceito alinhado às propostas ESG, relacionado à gestão e ao design de ambientes internos de maneira sustentável, levando-se em conta aspectos climáticos e conforto ambiental”.
Sem a utilização de fluidos refrigerantes químicos, como nos sistemas de ar-condicionado com compressores, os climatizadores dependem principalmente da evaporação da água, reduzindo consideravelmente as emissões de gases prejudiciais. “Além disso, os sistemas evaporativos são duráveis, de fácil instalação e não possuem refrigerantes químicos que necessitem ser gerenciados”, pontua. Os climatizadores também contam com recursos para controle e até mesmo automação, permitindo o monitoramento eficiente do desempenho.
Também relevante, segundo Ormachea, é o consumo de energia. Reconhecidos pela alta eficiência energética, os climatizadores evaporativos reduzem a conta de energia em até 95% quando comparados aos aparelhos de ar-condicionado, pois dependem do princípio natural da evaporação da água para resfriar o ambiente.
Em espaços de eventos para receber grande público, a Ecobrisa considera tanto a instalação permanente de equipamentos quanto a locação dos climatizadores evaporativos por períodos determinados. A tecnologia, ressalta o empresário, permite a circulação de pessoas, mantendo-se as portas abertas, sem que haja interferência ou prejuízos na climatização e renovação do ar.
“A COP30, em todas as suas pautas relevantes, nos convida a refletir sobre o futuro das gerações e o que podemos realizar hoje para desenvolver tecnologias eficientes que não agridam o meio ambiente, preservem a saúde humana e promovam sustentabilidade para os negócios”, finaliza Juan Ormachea.