Meio Ambiente

No NE, 62% da população não sabe como contribuir para enfrentar mudanças climáticas, aponta pesquisa

Pesquisa investigou conhecimento e percepção dos brasileiros sobre mudanças climáticas e economia de baixo carbono

Na região Nordeste, mais da metade da população não sabe como contribuir para enfrentar as mudanças climáticas. Essa é uma das descobertas de uma pesquisa inédita realizada pela Tereos, uma das líderes na produção de açúcar, etanol e bioenergia no país, em parceria com o Instituto Datafolha.

Com foco em desvendar o conhecimento, opiniões e percepções dos brasileiros sobre o tema das mudanças climáticas e a transição para uma economia de baixo carbono, o estudo revelou que 62% dos entrevistados afirmaram não saber como colaborar em seu dia a dia para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE), uma das principais formas de enfrentamento do aquecimento global. O número é mais alto do que o registrado entre a população em geral, de 51%.

Ao serem questionadas sobre quais seriam as medidas mais urgentes para reduzir a emissão de GEE e combater mudanças do clima, 36% das pessoas ouvidas apontaram o controle do desmatamento e o incentivo ao plantio de árvores, enquanto 30% elencaram melhorias no sistema de reciclagem de materiais e resíduos.

“Esses dados mostram como é importante investir em educação e conscientização sobre práticas sustentáveis, especialmente no combate ao aquecimento global. Apesar das mudanças climáticas estarem presentes em nosso dia a dia, ainda é difícil para a população trazer essa percepção para sua rotina e saber como agir e exigir medidas que nos ajudem a construir um futuro mais sustentável”, comenta Felipe Mendes, diretor de Sustentabilidade, Novos Negócios e Relações Institucionais da Tereos.

Papel do agronegócio

A pesquisa também revelou uma forte valorização do agronegócio na região. Entre os entrevistados, 62% acreditam que o agronegócio no Brasil contribui mais do que prejudica no combate às mudanças climáticas, e 63% veem o setor como desenvolvedor de soluções para mitigar os impactos dessas mudanças. Cerca de 92% dos participantes também concordam que o Brasil deve ser um exemplo de agronegócio sustentável, enquanto 73% destacam a importância econômica do setor para as cidades nordestinas.

“As empresas do agro podem dar uma contribuição importante na mitigação dos impactos climáticos. A Tereos, por exemplo, foi o primeiro produtor mundial de açúcar e amido a ter suas metas de descarbonização aprovadas pela iniciativa SBTi, uma das mais importantes do mundo na validação de iniciativas de neutralização das emissões de carbono. Temos uma meta de sermos neutros em emissões de gases de efeito estufa até 2050 e estamos trabalhando em uma série de medidas para cumprir nosso compromisso”, destaca Mendes.

Uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar do país, a Tereos opera em uma lógica de economia circular, em que 100% de sua matéria-prima e dos resíduos gerados durante o processo produtivo são aproveitados. A empresa também produz etanol, um combustível que emite até 90% menos GEE em comparação à gasolina, e energia sustentável a partir do bagaço da cana.

A pesquisa em parceria com o Datafolha foi realizada no final de 2024 e contou com 2.009 participantes de todas as regiões do Brasil, sendo a região Nordeste responsável por 26% da amostra total.

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